Governança Corporativa

Governança Corporativa

No cenário atual, o crescimento das empresas gera a necessidade de se ter uma boa gestão, para que possam lucrar, atrair novos investidores e clientes e evitar a corrupção dentro da Companhia.
Os pilares da Governança Corporativa consistem em manter a transparência e boa gestão entre os stakeholders, através de regras e boas práticas que guiam as decisões na Organização.

Contexto Histórico
Ao longo do século XX, houve diversas mudanças no meio coorporativo, advindas principalmente pela globalização e integralização do mercado, geradas pelo sistema capitalista.
A consequência desses acontecimentos foi a dispersão do capital, conforme as corporações cresciam através do sistema acionário, resultando em um divórcio entre a propriedade e a gestão. Para cessar os conflitos de interesses de ambas as partes foi feita a adoção da Governança Corporativa.

O que é a Governança Corporativa
Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas (IBGC).
É a Governança corporativa que assegura que os interesses de todas as partes estejam alinhados. Seguindo pilares e princípios, para garantir um crescimento saudável, longevidade e um bom valor econômico.
De acordo com o IBCG, a Governança Corporativa possui quatro princípios básicos. São eles:
I. Transparência: A transparência diz respeito a um relacionamento transparente entre todos os envolvidos naquele negócio, disponibilizando para as partes interessadas informações de seu interesse, não só as obrigatórias por lei.
II. Equidade: Caracteriza- se pelo tratamento justo todos na Organização, levando em conta seus direitos, deveres, necessidades, interesses expectativas;
III. Prestação de contas: Os agentes de governança devem prestar contas de sua atuação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo, assumindo integralmente as consequências de seus atos e omissões e atuando com diligência e responsabilidade no âmbito dos seus papéis;
IV. Responsabilidade corporativa: Os agentes de governança devem priorizar o crescimento econômico da empresa, zelando pela longevidade da mesma.

Importância
A importância da governança corporativa transcende a boa relação da instituição com todos os acionistas, stakeholders, já que uma aplicação ampla dos princípios da transparência e da prestação de contas são cruciais para integridade do sistema financeiro (WITHERELL, 1999, p. 8).
Ao contrário do que muitos pensam, a finalidade da governança corporativa não é o aumento da burocracia. Mas, sim o aprimoramento contínuo dos processos de administração da empresa para que sejam sempre mais claros e imparciais.
A melhora contínua é feita através de três processos principais: monitoramento, avaliação e direcionamento da organização e de seus gestores.

Principais problemas que levam a ter a necessidade de fazer uma Gestão de governança
Os principais problemas identificados em uma empresa onde não há uma gestão corporativa, ou ela não é de qualidade são:
• Risco de quebra ou desaparecimento da empresa familiar na transição geracional.
• Ausência de um processo estruturado de planejamento, por falta de uma área de governo corporativo.
• Perda de competitividade, por falta de um direcionamento amplo por parte de um conselho consultivo ou de administração.
• Falta de uma estratégia clara de crescimento e direcionamento de negócios.
• Atritos entre familiares e entre sócios, por falta de clareza nas relações entre patrimônio, família e gestão executiva.
• Indefinição quanto à participação de futuras gerações na gestão da empresa.
• Dificuldades na prospecção de recursos para capital de giro e investimentos nas atividades da empresa.
• Custo financeiro mais alto, devido a uma maior percepção de risco por parte do mercado financeiro.

Governança no agronegócio
O agronegócio é uma atividade de destaque e relevância no Brasil ao longo de sua história, e se tornou um dos principais setores da economia no país.
As empresas do setor agro também necessitam de uma governança corporativa estruturada e eficaz, de modo que toda a atuação dos administradores esteja de acordo com as necessidades e interesses da empresa, dos stakeholders e eventuais acionistas/cotistas, conforme as peculiaridades do mercado de agronegócio.
Uma empresa do setor de agronegócio com uma boa gestão corporativa desfruta de vários benefícios como: organização e controle societário, planejamento sucessório, transparência e prestação de contas, aprimoramento das atividades, gestão de riscos e maior valorização e crescimento com o ESG.

6 dicas para implementar a governança corporativa no campo

  1. Empresa familiar
    O objetivo é ajudar as empresas familiares a se manterem no mercado com o passar das gerações, visto que, muitas não conseguem sobreviver a partir da segunda geração. Outro ponto importante é evitar que o negócio seja dividido com após a saída de familiares da sociedade.
  2. Planejamento
    O planejamento é fundamental, pois garante que os familiares sócios da fazenda e seus herdeiros tenham uma visão de futuro em comum e, juntos, possam tomar as decisões do negócio.
  3. Transparência
    A importância da transparência é garantir que todos os interessados tenham acesso as informações que desejam, gerando mais confiança para fornecedores, investidores, clientes e colaboradores.
  4. Sucessão familiar
    Esse é um tema fundamental, que define como será o futuro da empresa.
  5. Comunicação
    A Comunicação é muito importante. Quanto maior o negócio, melhor deve ser a Comunicação entre os gestores, acionistas e colaboradores.
  6. Consultoria externa
    O acompanhamento de uma consultoria faz a diferença na implementação de governança. Isso ajuda a separar as emoções das relações familiares das decisões nos negócios.

Governança X ESG
A Governança Corporativa organiza os princípios e processos da gestão de uma empresa, para assegurar que eles obedeçam às leis e normas, com foco no bom desempenho.
Diante do cenário atual, de crise climática e de acirramento das discussões sobre direitos humanos, as empresas precisam implantar sistemas de governança orientados por uma visão de seu papel social. Está sendo cobrado delas que, além da lucratividade imediata, se mostrem comprometidas com ações capazes de assegurar sua relevância a longo prazo.
A governança é a base de todas as iniciativas, práticas e projetos de ESG. Inicialmente, porque é seu papel garantir que haja coesão entre qualquer realização da empresa e os objetivos do negócio. Por isso é importante que esteja alinhada com uma visão de desenvolvimento sustentável.

Governança X Compliance
Quando falamos em governança corporativa e compliance, estamos falando também de ética. Enquanto a governança tem como objetivo, sobretudo, evitar conflitos de interesse, o compliance busca estabelecer formas para controlar o cumprimento das leis e normas às quais a empresa está sujeita.
A compliance é a área empresarial que se ocupa do cumprimento das leis e de todas as normas que regem uma corporação, tanto internas quanto externas. Também zela pela cultura da ética e da integridade no relacionamento entre os colaboradores e gestores e seus diferentes stakeholders.
A Governança Corporativa e o Compliance se relacionam, pois, as práticas de governança são fundamentais para que a empresa demonstre seu compromisso com a ética. Enquanto isso, o compliance é o responsável por garantir que a organização esteja agindo de acordo com as normas.

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Referências
COUTINHO, Thiago. Governança Corporativa: saiba como ela impacta nas empresas e investimentos. Voitto, 2021. Disponível em: < https://www.voitto.com.br/blog/artigo/governanca-corporativa >. Acesso em: 22 de setembro de 2022.
FACHINI, Thiago. Governança corporativa no agronegócio: o que é e benefícios. Projuris. Disponível em: < https://www.projuris.com.br/governanca-corporativa-agronegocio/ >. Acesso em: 22 de setembro de 2022.
MELLO, Victor. A importância da Governança Corporativa. Migalhas, 2022. Disponível em; < https://www.migalhas.com.br/depeso/363616/a-importancia-da-governanca-corporativa >. Acesso em: 22 de setembro de 2022.
TRINDADE, Tabitta Cristina. Origens da Governança Corporativa. Contábeis, 2016. Disponível em: < https://www.contabeis.com.br/artigos/3534/origens-da-governanca-corporativa/ >. Acesso em: 22 de setembro de 2022.
BOAS PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA GANHAM FORÇA NO AGRONEGÓCIO. Sindicarne, 2018. Disponível em: < https://www.sindicarne.org.br/noticia/boas-praticas-de-governanca-corporativa-ganham-forca-no-agronegocio >. Acesso em: 22 de setembro de 2022.
ESG: O QUE É GOVERNANÇA? Ambipar. Disponível em: < https://ambipar.com/latam/pt/noticias/esg-o-que-e-governanca/#:~:text=A%20governan%C3%A7a%20%C3%A9%20a%20base,uma%20vis%C3%A3o%20de%20desenvolvimento%20sustent%C3%A1vel. >. Acesso em: 22 de setembro de 2022.
GOVERNANÇA CORPORATIVA E COMPLIANCE: ENTENDA AS DIFERENÇAS. Lec, 2019. Disponível em: < https://lec.com.br/governanca-corporativa-e-compliance-entenda-as-diferencas/ >. Acesso em: 22 de setembro de 2022.
GOVERNANÇA CORPORATIVA E COMPLIANCE: CONCEITO, DIFERENÇAS E DESAFIOS. Neoway, 2020. Disponível em: < https://blog.neoway.com.br/governanca-corporativa-e compliance/#:~:text=Enquanto%20a%20governan%C3%A7a%20tem%20como,e%20a%20sa%C3%BAde%20do%20neg%C3%B3cio.https://lec.co >. Acesso em: 22 de setembro de 2022.
GOVERNANÇA CORPORATIVA. Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Disponível em: < https://www.ibgc.org.br/conhecimento/governanca-corporativa >. Acesso em: 22 de setembro de 2022.

Brasil tem a chance de se tornar o nº 1 em produção de algodão, afirmam especialistas

Brasil tem a chance de se tornar o nº 1 em produção de algodão, afirmam especialistas

A potência da produção de algodão no Brasil, em meio aos mais diversos desafios ao longo das últimas décadas, foi destaque XIV Encontro Técnico Algodão da Fundação MT. Hoje, o país é o quinto maior cotonicultor do mundo e o segundo exportador mundial da commodity. Somente na safra 2021/22, Mato Grosso e Bahia foram responsáveis por 91% da produção nacional da cultura.

Realizado pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) e Senar-MT, em Cuiabá, entre os dias 29 e 31 de agosto, o evento reuniu especialistas das mais diversas áreas ligadas ao algodão.

Para especialistas do setor algodoeiro, produtores podem continuar otimistas sobre o futuro da cultura e que, apesar dos desafios, Brasil tem atualmente a chance de se tornar o primeiro do mundo em produção e exportação da pluma. Atualmente, a produção brasileira está atrás apenas da Índia, Estados Unidos, China e Paquistão.

Melhora na qualidade
O futuro do algodão no Brasil foi tema do debate ‘Desafios da cultura do algodão e tendências para o futuro’. Segundo Júlio Busato, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que esteve recentemente em uma reunião Dubai com empresas do Paquistão e visitou indústrias têxteis Turquia, Indonésia, Tailândia e Bangladesh, o que mais se ouviu foi sobre a melhora da qualidade do algodão brasileiro.

“Em todos os lugares ouvimos a mesma coisa: que o algodão brasileiro tem melhorado nos últimos cinco anos e que querem comprar mais algodão do Brasil, cada vez mais”, disse o presidente da Abrapa.

Fortalecimento da confiança internacional
O grande objetivo hoje da cotonicultura brasileira é o fortalecimento da confiança internacional sobre o produto, de acordo com o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte. “Não temos o que esconder, sabemos que tem ano bom, tem ano ruim, mas sabemos que a transparência é fundamental para garantir a confiança e essa mesma confiança vai fazer com que o Brasil ganhe mercado sem precisar vender mais barato, esse é o objetivo”.

Duarte salientou ainda o interesse de países asiáticos pela fibra brasileira é crescente, em especial pelo número de maquinários para fiação que devem entrar em operação nos próximos dois anos. “É uma pena neste momento não ter a produção que a gente esperava, mas em qualidade temos nos destacado. E falar do algodão brasileiro é fácil, pois não querem só comprar, querem aprender como fazer com a gente”.

Clima no exterior favorece o Brasil
Conforme os participantes do evento, além da melhor visibilidade do algodão brasileiro, que tem sido conquistada ao atender os critérios de qualidade exigidos pelos importadores, existem outros aspectos que contribuem para o Brasil ter mais chances de expandir sua posição no mercado da fibra.

Um deles são os problemas climáticos enfrentados pelos Estados Unidos, segundo maior produtor mundial de algodão atrás da Índia, como destacado por Paulo Marques, head global de algodão da ADM, que participou da Suíça. “Secas como a do Texas e chuvas em excesso no sudeste americano, e a temporada de furacões que ainda nem começou, podem trazer nervosismo ao mercado”.

O presidente da Abrapa, Júlio Busato, salientou que em relação a China não há projeções de grandes impactos em sua produção de algodão, contudo o fato do governo asiático priorizar cada vez mais a segurança alimentar uma redução de área destinada para a fibra não é descartada para dar lugar ao milho.

“Não podemos e não iremos perder a oportunidade. O que nos trouxe aqui hoje é a união entre os produtores, pesquisa e a troca de informação que temos entre nós, então com certeza temos que agarrar essa oportunidade e estar unidos”, frisou Busato.

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Fonte: Canal Rural – POR VIVIANE PETROLI, DE RONDONÓPOLIS (MT)

Chuva em SP abençoa Abertura Nacional do Plantio de Soja Safra 22/23

Chuva em SP abençoa Abertura Nacional do Plantio de Soja Safra 22/23

A chuva que atingiu nos últimos dias a região centro-sul do país abençoou a Abertura Nacional do Plantio de Soja da Safra 2022/2023, evento que simboliza a largada para esta que pretende ser uma das safras mais desafiadores do país.

O evento, que faz parte do Projeto Soja Brasil, uma parceria da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) e do Canal Rural, ocorreu nesta quinta-feira (22/9) na Fazenda Nossa Senhora Aparecida, localizada no município de Santa Cruz do Rio Pardo (SP).

Um dos anfitriões do evento, o presidente em exercício da Aprosoja Brasil, José Sismeiro, saudou os produtores de todo o país pelo início do plantio e parabenizou, em especial, aos do estado de São Paulo pela organização da abertura do plantio 2022/2023.

“A chuva é o insumo mais importante para a lavoura e o único que a gente não consegue comprar. Então sempre que ela (a chuva) está presente, no começo de uma safra que a gente vislumbra que seja a maior safra já plantada e já colhida pelos nossos produtores, a gente fica muito contente. E aproveito para parabenizar e agradecer ao município, estado e parceiros pelo apoio que deram à Aprosoja São Paulo para a organização deste evento”, destacou.

Ao destacar a chegada de chuvas expressivas neste período para a região, o que dá tranquilidade para o início do plantio, o presidente da Associação dos Produtores de Soja de São Paulo (Aprosoja SP), Azael Pizzolato Neto, salientou o papel estratégico da soja na diversificação produtiva do estado.

“Este é um ano também muito especial para o estado de São Paulo, que vêm crescendo ano a ano com recordes de produção. Aqui em São Paulo a soja tem a característica de vir complementar toda a diversidade produtiva do estado. Temos o segundo PIB agrícola nacional e a soja complementou muito isso. Além das áreas dedicadas, ela entra como importante ferramenta de renovação do solo em outras culturas, como a cana de açúcar, as pastagens e a citricultura, trazendo mais sustentabilidade diversificação de renda e benefícios sociais”, afirmou.

A Abertura do Plantio trouxe dois temas centrais ao debate. O primeiro painel discutiu “A sustentabilidade como diferencial da soja brasileira” e contou com Gustavo Spadotti Castro – engenheiro agrônomo, mestre e doutor em Agricultura e chefe-geral da Embrapa Territorial; e José Luís Coelho – mestre em engenharia agrícola e consultor de mercado com mais de 35 anos de experiência.

O segundo painel debateu “Tendências tecnológicas e boas práticas para a alta produtividade” e contou com José Salvador Foloni – doutor em Produção Vegetal e pesquisador da Embrapa Soja na área de manejo do solo; e Sebastião Pedro da Silva Neto – PhD em Biotecnologia Agrícola e pesquisador da Embrapa Cerrados.

Também prestigiaram o evento o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Francisco Matturro, o prefeito de Santa Cruz do Rio Pardo, Diego Singolani, o chefe da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno, além do presidente do Canal Rural, Júlio Cargnino, representantes de entidades.

À tarde, os produtores realizaram também uma assembleia da Aprosoja Brasil para deliberação de pautas da entidade. Estiveram presentes diretores e presidentes das Aprosojas RS (Décio Teixeira) PR (Eduardo Cassiano e Vittorio Venturi), MG (Fábio Meirelles Filho e Wesley Barbosa), MS (André Dobashi), TO (Dari Fronza e Luciano Mokfa), GO (Joel Ragagnin), RR (Anderson Gibbert), MA (Marcelo Bueno), PI (Almir Michelan), RO (Guilherme Teodoro).

Foi a primeira vez que o estado de São Paulo sediou o evento do Projeto Soja Brasil, que nesta edição foi organizada e promovida localmente pela Aprosoja SP, criada em 2017, a primeira associada da Aprosoja Brasil na região Sudeste.

Os eventos na Fazenda Nossa Senhora Aparecida continuam nos dias 22 e 23 de setembro após a Abertura do Plantio. Em uma grande feira com a presença de mais de 30 estandes de empresas locais e nacionais, o destaque ficou por conta da presença de mais de 800 crianças da rede pública de Santa Cruz do Rio Pardo que foram convidadas a conhecer a produção e debater a importância do agronegócio para a região.

“Promovemos palestras e debates para conscientizar pais e professores sobre a importância de o material escolar não ser utilizado para distorcer informações sobre a produção agropecuária junto aos alunos. Além disso, trouxemos aos produtores e técnicos temas como o manejo do solo, sustentabilidade, o clima para esta safra e sucessão familiar, entre outros”, destaca o diretor da entidade, Andrey Rodrigues.

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Fonte: Aprosoja SP