Produção de café deve se recuperar e atingir mais de 50 milhões de sacas

Produção de café deve se recuperar e atingir mais de 50 milhões de sacas

Depois de um período difícil, em que a safra foi afetada por secas prolongadas e geadas, a produção de café começa a dar sinais de recuperação. Em agosto, o país exportou 2,8 milhões de sacas de café, 10% a mais do que em julho, de acordo com o Rabobank — em 2021, houve uma redução de 26% na colheita, segundo o Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBP&D/Café).

A expectativa é que neste mês a taxa de produção por tonelada métrica de fertilizante seja de 3,2 sacas por tonelada, em um incremento de 1,9% em relação a agosto, segundo um estudo inédito do Rabobank. “Os preços dos fertilizantes, no entanto, devem se manter voláteis devido às incertezas a respeito do gás natural”, diz Guilherme Morya, analista do Rabobank.

Este ano, os produtores rurais pagaram cerca de 160% a mais, em comparação a 2021, pelos fertilizantes importados, segundo a Confederação Nacional de Agricultura (CNA). A alta dos preços se deve principalmente à guerra na Ucrânia e sanções à Rússia, que lidera a produção mundial do insumo. Em 2021, Moscou exportou mais de 12,5 bilhões de dólares em 2021, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Nesta safra, o clima está favorecendo a colheita de café no Brasil. A ausência de chuvas prolongadas tem sido benéfica para a lavoura – pancadas esparsas causaram uma floração bem-vinda na região da Alta Mogiana, em São Paulo, e no sul de Minas, de acordo com o Rabobank. Os produtores de café devem colher 50,3 milhões de secas este ano, ante 47,7 milhões no ano passado.

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Fonte: Exame

La Niña força os agricultores antecipar semeadura do milho

La Niña força os agricultores antecipar semeadura do milho

Com a colheita da 2ª safra de milho praticamente finalizada, as atenções agora recaem na semeadura do milho 1ª safra. No Rio Grande do Sul, as chuvas intercaladas com períodos de sol dos últimos dias permitiram a continuidade da semeadura em bom ritmo. Diante da previsão da permanência de La Niña, os agricultores têm antecipado a semeadura e a operação alcançou 35% frente aos 25% no mesmo período na safra anterior. As lavouras implantadas apresentam boa germinação, uniformidade e vigor. O controle de cigarrinha está sendo realizado através da associação de tratamento químico e biológico.

No Paraná, o plantio foi realizado em 32% da área. A maioria das lavouras apresenta bom desenvolvimento inicial. Apenas uma pequena parte das lavouras do Sudoeste, semeadas em agosto, foram impactadas pelo baixo volume de precipitações ocorridas.

Em Santa Catarina, 30% da área foi semeada. O estabelecimento das lavouras está dentro da normalidade, com boa germinação e bom desenvolvimento inicial.

Em Goiás e Minas Gerais, o plantio deve começar em outubro, após a regularização das chuvas. No Maranhão e no Piauí, o início da semeadura ocorrerá no mês de novembro.

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Fonte: Agrolink

IAC lança cinco variedades de cana com alta produtividade e adaptação a diversas regiões

IAC lança cinco variedades de cana com alta produtividade e adaptação a diversas regiões

Cinco novas e modernas variedades de cana-de-açúcar serão lançadas pelo Instituto Agronômico (IAC) nesta terça-feira, 20, às 11h, em Ribeirão Preto, interior paulista. Esses novos materiais são superiores de 12 a 27% em relação à variedade padrão observada nos estudos, considerando produtividade e longevidade. Destacam-se pelo alto teor de sacarose, aumento de longevidade dos canaviais, possibilidade de longo período de colheita e adaptação a diversas regiões canavieiras do Brasil e distintos tipos de solos. O público presente também irá conhecer os resultados do Censo Varietal Safra 2022/23 feito pelo Programa Cana IAC. Os dados revelam que uma variedade IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, lançada em 2017, apresentou o maior crescimento entre as novas variedades adotadas no último ano de plantio. Ela aumentou três vezes em relação à área previamente ocupada.

AIACCTC07-7207é uma variedade de alta produtividade, atingindo valores 27% superiores à produtividade agrícola da variedade padrão: a RB867515. “Essa produtividade tão superior decorre da sua elevada população de colmos, que supera o padrão em 52% na média dos quatro primeiros cortes. Essa superioridade agrícola é transferida também para a produtividade agroindustrial”, explica o líder do Programa Cana IAC e diretor-geral do IAC, Marcos Guimarães de Andrade Landell.

As novas variedades poderão ser vistas no Jardim Varietal do IAC, onde serão apresentada s por Landell e Mauro Alexandre Xavier, pesquisador melhorista que também atua na coordenação do projeto de desenvolvimento de novas variedades e atualmente é diretor do Centro Avançado de Pesquisa e Desenvolvimento de Cana.

Segundo Landell, a IACCTC07-7207 também amplia a longevidade de seus canaviais, estimada em quatro cortes. Esse ganho resulta da alta capacidade de brotação deste material, que se adapta a diferentes regiões canavieiras do Brasil. A IACCTC07-7207 também tem apresentado ótimos resultados no Nordeste: Pernambuco, Alagoas, Bahia e Paraíba. “É uma variedade bastante ereta e com excelente adaptação ao plantio mecânico, o que a caracteriza como moderna e facilitadora das práticas de mecanização, incluindo o plantio e a colheita”, comenta.

A IACSP02-1064 também tem a daptação muito boa a diversas regiões, além de ser muito competitiva, com alta produtividade. Por ser precoce, amadurece logo no início da safra, qualidade que interessa a canavicultores e usinas. Segundo o pesquisador, a IACSP02-1064 acumula elevada sacarose e pode ser colhida por um longo período da safra – de abril a setembro. Seu rápido desenvolvimento inicial auxilia no sombreamento das entrelinhas, reduzindo a matocompetição. Com esse perfil, essa variedade tem mostrado excelente adaptação em manejo orgânico.

Outro destaque é a excelente estabilidade, viabilizando sua utilização em diversas regiões canavieiras do Brasil e em diferentes solos, o que deverá proporcionar sua instalação em vários estados. A IACSP02-1064 apresenta boa performance agroindustrial em praticamente todo o Estado de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. “Em regiões com chuvas mais irregulares, como Goiás, Minas Gerais e Tocantins, man tém-se competitiva quando a alocamos em solos de maior potencial produtivo”, afirma Landell.

De acordo com o pesquisador, a IACCTC05-5579 é uma variedade com perfil bastante moderno: ereta, com fechamento vigoroso das entrelinhas e muito adaptada ao plantio e colheita mecânicos. “Ela viabiliza canaviais de grande longevidade graças à elevada população de colmos, atingindo número 38% a mais que a variedade padrão, a RB867515. Isso resulta em canaviais próximos de 100 mil colmos por hectare, com grande longevidade”, complementa. A IACCTC05-5579 destaca-se principalmente nas regiões mais quentes, como Norte e Oeste Paulistas e Goiás. Mesmo em áreas que sofrem incêndios criminosos, tem excelente capacidade de brotação após a colheita e no momento da nova brotação.

A IACCTC06-5732 é outra variedade que tem elevada população de colmos, superior à v ariedade padrão RB867515 em 31,4%. “Isso ocorre porque ela apresenta excelente soqueira, com alta população de colmos em cortes avançados”, atesta. A equipe do Programa Cana IAC recomenda seu plantio em condições ambientais melhores. Sua colheita poder ocorrer praticamente durante toda a safra, otimizando o início com o uso de produtos maturadores. Além dessa longevidade, esse material é muito adaptado ao plantio mecânico. Por apresentar hábito de crescimento ereto, também favorece a colheita mecânica.

Com bons resultados, principalmente no Estado de São Paulo, a IACCTC08-9052 também apresenta boa contribuição em regiões de maior altitude. Deve ser instalada em ambientes superiores ou de médio potencial. Também tem ótima performance com irrigação suplementar, mesmo que deficitária. “Tem um rápido crescimento inicial, o que possibilita alta taxa de multiplicação em viveiros. A população de colmos supera em 19,1% ao d a variedade padrão RB867515”, completa Landell.

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Fonte: IAC